Exibição de filme chama atenção para o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial

Para marcar o Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial, celebrado nesta quinta-feira (21), o projeto 'Cine Direito' exibiu um documentário que retrata a questão racial no Brasil. O filme foi aberto ao público, em um bar localizado no bairro Santa Inês, na orla de Macapá.

A realização foi das comissões de "Igualdade Racial" e "Verdade da Escravidão Negra", da Ordem de Advogados do Amapá (OAB), e contou ainda com roda de conversa sobre a conscientização racial no estado.

De acordo com a presidente da Comissão da Igualdade Racial da OAB, Maria Carolina Monteiro, a exibição do documentário faz parte de um conjunto de atividades para promover a igualdade racial, uma das missões da Organização das Nações Unidas (ONU).

"O documentário foi lançado em 2015, com o advento da década afrodescendente. De 2015 a 2024, o ONU irá realizar diversas atividades para promover a igualdade racial. A OAB, através das comissões, está atenta a esta questão e tem realizado eventos no sentido de debater a discriminação racial e formas para sua eliminação", explicou Monteiro.

Contexto histórico

O dia escolhido para celebrar a Luta Contra a Discriminação Racial foi criado pela ONU, em memória às 69 pessoas mortas em Joanesburgo, durante protesto no dia 21 de março de 1960. Mulheres protestavam contra uma lei que obrigava pessoas negras a usarem identificação específica, limitando o acesso a alguns locais.

O caso ficou conhecido como o "Massacre de Shaperville". Cerca de 20 mil pessoas participaram da manifestação. Segundo a presidente da Comissão Especial da Verdade Sobre a Escravidão Negra no estado, Vanessa Cruz, o documentário é usado para abordar dois temas: Igualdade racial e o combate discriminação.

"Devido ao episódio de Joanesburgo, onde essas pessoas morreram durante a manifestação essa data foi criada pela ONU. O documentário fala sobre a igualdade racial aqui no Brasil, então usamos o filme para abordar estes dois assuntos, igualdade racial e o combate à quaisquer discriminações", explicou Cruz.

 

Fonte: G1 Amapá

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